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Você lembra qual era o seu sonho quando decidiu empreender na sua ideia? Com o que você sonha hoje? Ainda é a mesma coisa?

O seu sonho, como empreendedor, está relacionado ao Planejamento Estratégico do seu negócio. Quando você consegue relacionar os seus objetivos, como indivíduo, aos do seu negócio, as chances de se obter sucesso aumentam significativamente.

Isso acontece porque você consegue enxergar o valor do negócio para a sua vida e seus planos. A importância disso é tão profunda porque reflete como você aplica seu tempo, sua inteligência e seu dinheiro – e até de outras pessoas – que são recursos conquistados com muito suor e trabalho.

Se você ainda não conseguiu perceber como sua ideia vai proporcionar valor para você, dificilmente você conseguirá entregar valor para seu cliente e seus parceiros.

Relembre seu sonho para ajustar adequadamente o Planejamento Estratégico

O planejamento reflete o pensamento do empresário ou empreendedor quanto ao alcance de uma situação futura desejada. Mas, para que isso ocorra de modo eficiente, eficaz e efetivo, tal pensamento precisa ser descrito e revisitado periodicamente.

Você já parou para pensar o quanto seu negócio está perdendo dinheiro porque seu planejamento não está descrito ou atualizado?

Metas e retorno

O que o dinheiro representa para você? O seu comportamento em relação ao dinheiro diz muito sobre seu potencial de fazer seu negócio crescer e prosperar.

Há algum tempo o Economista Luiz Barsi Filho, um dos maiores investidores da Bovespa, disse em uma entrevista: “… crises geram oportunidades… eu estou permanentemente em crise.” Ele relativizou a crise à forma como percebemos e aproveitamos as oportunidades.

Não aprender com o modo como você usa o dinheiro, tanto do seu negócio quanto o da sua vida pessoal, pode te levar a uma sequência sem fim de crises. Por outro lado, aprender como aproveitar melhor as oportunidades e racionalizar o uso do dinheiro em seu favor te levará a novos patamares.

Agora, raciocine: definindo a missão, a visão e os valores para o negócio considerando aquilo que é valor para você, empresário/empreendedor, os objetivos e as metas estarão coerentes com aquilo que você vai entregar para o mercado e com os objetivos que você tem para si, enquanto indivíduo. Logo, o retorno que você espera que seu negócio traga será ajustado de acordo com o apetite que você tem e com a forma que você se relaciona com o mercado.

Por exemplo, uma pessoa sonha em deixar o emprego para empreender em uma ideia que lhe permita ter o mesmo rendimento que tinha enquanto estava empregado. Esta pessoa provavelmente desenvolverá um negócio que será apenas suficiente para pagar suas contas e surfará nas ondas que o mercado trouxer.

Por outro lado, se essa mesma pessoa sonhar em romper horizontes, crescer com sua ideia com objetivos bem traçados, metas desafiadoras e constantemente revisadas, a tendência é ter seu nome listado ao lado de outros executivos de sucesso, como a modelo e empresária Ana Hickmann, ou os executivos Rodrigo Santos, da Monsanto, Howard Schultz, da Starbucks, Carlos Brito, da cervejaria Anheuser-Busch Inbev, dentre tantos outros milhares bem-sucedidos.

A semelhança entre eles? Metas bem definidas e perseguidas com muito trabalho, disciplina, poder de execução e controle do dinheiro.

Projetos e ações para melhorar o resultado econômico

Uma vez que os objetivos e as metas foram definidos, o desdobramento estratégico requer que projetos e ações sejam relacionados. E a execução deles é fundamental. É bíblico: “A fé sem obras está morta.”

Verifique se os projetos e as ações estão coerentes com as metas e com os objetivos. Sua missão e seus valores, como negócio e como empreendedor, devem permanecer intimamente relacionados com aquilo que você planeja e faz.

Se você deseja um negócio próspero que esteja sempre crescendo, quais são os projetos e os investimentos que te levarão a isso? Quais oportunidades você precisa perseguir para serem bem aproveitadas?

Lembre-se: a execução com a adequada conclusão dos projetos e das ações é que fazem os resultados aparecerem. Uma alta taxa de adiamentos, cancelamentos e atrasos demonstram falha de planejamento, falta de foco e até mesmo de disciplina.

Reflexos da vida pessoal nas decisões do gestor

E aí? Descobriu o que o dinheiro representa para você? O autor de “Os segredos da mente milionária”, T. Harv Eker, acredita que cada um de nós alimenta um conjunto de crenças desde a infância e que molda o nosso destino financeiro.

E, como o “planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às implicações futuras de decisões presentes” (Peter Drucker), o modo do empresário pensar as estratégias implica diretamente nos resultados do negócio. Isso passa por todas as camadas: financeira, fiscal, operações, administração, pessoal, etc.

Então, procure primeiro resolver seus valores, seus objetivos e suas metas antes de procurar as respostas para o desempenho do seu negócio. Você verá que existe uma forte simbiose nisso. E a saúde do idealizador do negócio deve ser prioridade.

Empresário saudável >> negócio saudável

Pode ser clichê, mas a saúde da vida pessoal de quem comanda vai influenciar (quando não determinar) a saúde do negócio e das pessoas que dele dependem.

Um programa chamado “GP em Equilíbrio”, desenhado pelo Gerente de Projetos Alercio Bressano, destaca a necessidade de aliar 04 pilares da vida para um adequado equilíbrio de quem tem na sua rotina a necessidade de fazer gestão: “Vida Física”, “Vida Profissional”, “Vida Pessoal” e “Vida Espiritual”. Procure conhecer mais neste link. É muito interessante e prático!

Uma das coisas que influencia diretamente na relação entre estes 04 Pilares é o equilíbrio das finanças. Invista: mas, não só no seu negócio. Diversifique suas aplicações. Se existem dívidas, tente renegociá-las e procure entender o que te levou a contraí-las e aprenda para não voltar a cair nas armadilhas. Mas, não deixe de investir seus recursos: tempo, inteligência, trabalho e dinheiro.

Não deixe suas finanças pessoais tomarem todo o seu tempo com preocupações. O resultado pode ser o sangramento precoce dos recursos do seu negócio, fazendo com que ele perca todo o potencial de ser sustentável e de crescer.

Controle as finanças

Você tem indicadores e rotinas de acompanhamento dos principais projetos e ações definidas? E do desempenho financeiro e operacional?

Sem informações você perde o controle. Edwards Deming deixou um pensamento muito rico sobre o gerenciamento de negócios: “Não se gerencia o que não se mede, não se mede o que não se define, não se define o que não se entende, e não há sucesso no que não se gerencia”.

Tendo metas bem definidas, construa indicadores que façam sentido para seu negócio e acompanhe os resultados. Uma boa prática de gestão que gera aprendizado é estudar o que o influencia.

Mas, cuidado: muita gente fala em controlar indicador. Isso não existe! Você controla ações, que refletem nos resultados. Quem controla indicador não age, fica observando os resultados aparecerem. Um empreendedor de alto nível vai e faz. Não fica esperando.

O que resolve é a conclusão das ações planejadas.

Se você conseguir, coloque seus principais indicadores em uma tabela e registre os números periodicamente: pode ser diário, semanal, quinzenal, mensal… importa o período que melhor fizer sentido para você e que não tomará muito do seu tempo para obter a informação. Selecione 2 ou 3 indicadores com resultado mais distante da meta e verifique com sua equipe o que levou àquele resultado. A técnica dos 5 Por quês, questionando sucessivamente a resposta anterior até chegar em um “por quê” que não terá resposta óbvia, vai ajudar a encontrar a causa raiz do problema. Então, faça um plano de ação, simples, com prazo para resolver, nome de um responsável pela ação, e como será resolvido o problema. Acompanhe. Auxilie o responsável. Aposto que você terá resultado seguindo estes passos!

Experimente fazer isso também para entender como você usa seu dinheiro e como gastar melhor, e ainda para formular um plano para o crescimento.

Como investir

Uma condição primária, mas que é muitas vezes um desafio para pequenos empresários e empreendedores iniciantes, é respeitar o reinvestimento para crescer.

Nunca é tarde lembrar que as finanças pessoais devem ficar separadas das finanças do negócio. O negócio pode e deve remunerar o empresário, mas, apenas depois de todas as obrigações do negócio serem saldadas e reservada a verba para reinvestimento.

Uma prática muito eficiente é definir a margem de lucro do negócio e tê-la bem identificada na formação do preço. Assim, ao invés de contar com o que sobrar do dinheiro arrecadado depois de pagar todas as contas, você saberá quanto de cada item vendido, de cada cliente servido, de cada centavo que entrar no caixa deve ser separado na forma de lucro.

Outra coisa fundamental que os empreendedores de sucesso fazem é reservar uma boa parte do lucro para reinvestir no negócio.

Você já deve ter ouvido a história do empresário bilionário e apresentador Silvio Santos, que começou a faturar como camelô vendendo canetas (depois de tentar vender carteirinha para título de eleitor). Ao invés de embolsar boa parte do faturamento com a primeira venda, o experto negociante usou a renda com o lucro para comprar um novo lote, maior que o primeiro. Ele conta que ganhava o equivalente a 03 salários mínimos por dia, comprava 12 canetas por 160 e vendia por 240. Seu lucro de 80 lhe permitia comprar mais canetas, e assim reinvestia todo o seu lucro na forma de mercadoria.

Se observarmos as empresas listadas na Bolsa de Valores Brasileira, veremos que muitas delas não distribui grandes fortunas em dividendos, mas apenas uma parcela de todo o lucro. A Ambev S/A, por exemplo, uma das preferidas nas negociações da bolsa, paga 40% do seu lucro líquido anual ajustado a título de dividendos para seus acionistas. Isso quer dizer que mais da metade do lucro (60%) permanece no caixa da empresa para formar seus reinvestimentos – preparar estoques de matéria prima para os períodos de alta demanda, comprar máquinas e equipamentos, ampliar e reformar, adquirir novas marcas, patentes, outras empresas… mas isso não é a prática mais comum: a maioria das empresas determina pagar pelo menos 25% do lucro como dividendos. E há ainda um grande número que não faz assim. Empresas com perfil de crescimento, com a Berkshire Hathaway, do bilionário Warren Buffet, não distribui dividendos há quase meio século.

Então, por que você deve sangrar seu negócio? Como administrador você pode e deve definir um montante na forma de remuneração (pro labore), que é o salário do sócio que trabalha em sua própria empresa. A Legislação Brasileira permite que sejam feitos saques na conta de Pessoa Jurídica na forma de distribuição de lucros, mas faça isso de forma pensada, com metas, consciente.

Distribuir dividendos reduz a capacidade de reinvestimento e pode prejudicar o crescimento futuro do negócio.

ROI e ROE

Sem detalhar o cálculo, não é este o objetivo aqui, podemos diferenciar ROI (do inglês Return of Investment, Retorno sobre Investimentos, também conhecido como Taxa de Retorno), de ROE (do inglês Return of Equity, Retorno sobre Patrimônio) como sendo:

  • ROI – a relação entre a quantidade de dinheiro ganho como resultado de um investimento e a quantidade de dinheiro investido
  • ROE – é um indicador financeiro percentual que se refere à capacidade de uma empresa em agregar valor a ela mesma utilizando os seus próprios recursos

Quando você levanta um determinado capital para iniciar um empreendimento, uma startup ou qualquer tipo de negócio, você faz um Investimento Inicial. Este capital, próprio (como economias ou venda de um bem, por exemplo) ou de terceiros (financiamento, empréstimo bancário ou de investidores), deve ser pago (devolvido), concorda? O ROI é um modelo que ajuda a definir o prazo de quando o Capital do Investimento será pago e pode ser utilizado como indicador da eficiência do investimento.

Por exemplo, se você adquire um forno elétrico para assar maior quantidade de pães e economizar com o gasto com gás, a economia gerada e o aumento na receita com a venda de mais pães deve justificar o investimento feito com a compra do forno. O que o investidor procura é ganhar com o investimento, que é o retorno. Ou seja, quanto o capital vai crescer/aumentar com o investimento?

Logo, sobre todo capital investido (até mesmo o contratado de terceiros), espera-se que o ROI justifique o investimento e que seja pago no menor período possível. Mas tome muito cuidado! Há muita propaganda de financiamentos facilitados para empresas: lembre-se que os custos do financiamento (principalmente os juros) devem compor o cálculo do ROI. Normalmente esse tipo de capitalização faz o ROI se alongar demasiadamente. Ainda, mais cuidado ainda se o contrato de financiamento for destinado para fazer estoque – lembre-se dos desperdícios: talvez você esteja jogando dinheiro fora 2 vezes.

Já o ROE permite fazer uma análise semelhante, mas considerando apenas o capital próprio reinvestido, gerado na forma de lucro. Uma empresa que consegue gerar crescimento sem a necessidade de alavancar novo capital a partir de terceiros (inclusive dos próprios sócios) apresenta resultado de ROE positivo.

Se você tem um negócio com ROE positivo, parabéns! Esforce-se para que ele seja o quanto maior possível para demonstrar sua capacidade de crescer. Se não for positivo, repense sua política de distribuição de dividendos.

O que deve ficar registrado é que seus sonhos podem se realizar! Desde que você faça um controle consciente e disciplinado do valor que você espera de si mesmo e do valor que você vai produzir para seus clientes.

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